John Cutrim publicou:
A eleição de Roseana Sarney foi feita à base de um desfalque generalizado nos cofres públicos. O estado está paralisado. Não é só o crime que tem colarinho branco por aqui, a greve também aderiu ao modelito. Pois agora temos advogados dativos e até o inimaginável, prefeitos promovendo paralisações por falta de repasse das verbas do executivo.
Mas pior do que a chacina dos detentos de pedrinhas, é a carnificina patrocinada por Roseana ao colocar seu cunhado Ricardo Murad na secretaria de saúde. Sem competência alguma para o cargo, ele segue fazendo suas vítimas. Que o diga Raimundo de Jesus Coelho, agente penitenciário conhecido como “Dico”, que sentiu na própria pele o que é ter o crime organizado no comando do estado.
Baleado durante a rebelião que resultou em 18 mortos, sendo três decapitados, Dico foi levado em estado grave para o Hospital particular São Domingos, mas bastou a direção do hospital saber que o paciente era responsabilidade do governo e que a fatura iria para Roseana Sarney, para recusar o atendimento.
Transferido para o hospital do servidor público, propagandeado pelo governo, como de alta complexidade, (complexo mesmo é conseguir atendimento), caindo aos pedaços e sem estrutura para fazer um curativo, o hospital público barrou o servidor. E a ambulância que levava Dico, ficou parada na porta.
A esposa ao ver o marido gritando de dor, ao ver médicos e enfermeiros com seus jalecos brancos darem ás costas, num ato de desespero chama a imprensa. Ao vivo na rádio Mirante AM, de propriedade da família da governadora, a esposa desabafa o que todo mundo já sabe: Roseana Sarney não tem credibilidade, nem com a assinatura dela os hospitais recebem meu marido! Para desespero do radialista que não teve como editar a participação da ouvinte.
Os gritos do servidor e da esposa revoltada enfim ecoam no Palácio dos Leões. Rapidamente é mobilizado o Secretário de Direitos Humanos, a Governadora e o Secretário de Saúde de um estado doente. E só depois de 12 horas de sofrimento, gritando dentro de uma ambulância na porta do hospital Carlos Macieira, Dico é removido novamente para o Hospital São Domingos, provavelmente só depois do pagamento adiantado. Com uma bala alojada próximo á coluna, o agente corre o risco de ficar paraplégico.
E assim, jogando o jogo de enganar, segue o Maranhão e o governo de Roseana, com escândalos, processos quilométricos, rebeliões e falcatruas sem inquéritos. Quanto choro, quanta fome, quanta súplica, qual doença degradando o corpo aidético, e toda verba vai pro bolso dos corruptos… Enquanto isso, em Pedrinhas, o pastor Marcos Pereira, coloca os detentos ajoelhados, ora a Deus e pede luz para os facínoras.